Para Clélio
Encontrei aquele cara numa estrada da vida há uns 30 anos
Lá pela Bahia ou perdido pelo Rio de Janeiro, não lembro
Cabelo “Black-power”, bigode e fita no pulso
Camiseta branca, chinelo de dedo e uma calça jeans surrada
Não era bonito, mas era muito bacana
Muito mesmo
Aquele cara e eu seríamos melhores amigos se há trinta anos eu existisse
Tenho certeza
E mesmo sem existir, eu gostava da companhia
Conversávamos como dois velhos conhecidos
Contando histórias e não escondendo nada
Sem medo, sabe?
Um amigo mais velho
E já existindo eu passei a amá-lo
Mas como se ama um homem?
Pelo simples fato de ser homem?
Nunca me ensinaram
Mas o amor virou espelho
O caminho virou seta
As idéias viraram luz
A letra escrita mesmo longe
O amor que se construiu
Não por ser sentimento puro
Mas por ser mérito
Amor de admiração
Que por mais que paterno
É pelo que é
Não só pai
Mas homem
Não por agora
Sempre
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Aquele Cara
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4 comentários:
Fico feliz de fazer parte dessa história sintetizada de forma tão rica. Parabéns ao pai e ao filho. Muito massa bicho....
Ah... que lindo!!!
Adorei, pimbinha!!!
Um luxo!
♪
MORAL...
E quero saber quando pentearás os cabelos de nosso blog...
Abs,
Allan
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