quinta-feira, 29 de maio de 2008

See you in june...

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Agora, presta atenção nisso...

Eu tenho um problema de karma com junho

Não é só por conta do meu aniversário e os infernos astrais que acompanham uma mudança de idade que surgem...

É pior que isso

Aliás, é melhor do que isso

Porque por mais que a minha vida esteja ruim, em junho sempre melhora

Sempre acontece alguma coisa que muda a minha vida, pelo menos até o próximo junho

Já teve anos que bati o carro, perdi amigos, fiquei desempregado, sem estágio...

E nos mesmos anos, em junho, troquei de emprego, consegui emprego, ganhei uma afilhada, me apaixonei, e um monte de coisas boas, enfim...

Bom, este ano não foi diferente...

Aliás, teve diferença sim...

Este ano foi tudo junto!

Três dos pilares que sustentam a vida de um homem: família, trabalho e relacionamento resolveram entrar em parafuso e me testarem pra saber se eu estava pronto pra uma vida de adulto realmente

Bom, foram três meses muito duros e é lógico, me derrubaram mesmo

Foi uma pressão que em vários momentos eu pensei que não fosse dar conta

Mas, eis que junho vem chegando

E com eles, as boas notícias, os bons ventos, as boas mudanças

Que já estão chegando, antes mesmo de junho

Que neste ano, os males queimem nas fogueiras de junho

E que as alegrias se abasteçam de vatapá e canjica

Agora, você já pode apertar no play e ouvir o billy corgan cantar:

Planned a show
Trees and ballons
Ice cream snow
See you in june

Te vejo lá

: )

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Uma Semana

Ali sentado na beira, o silêncio

Sem vento, sem barulho de criança, nem sequer ouvia sua respiração

Mas ali, sentado na cabeça, o pensamento

Inquieto, nervoso, ligeiro

Era tudo ao mesmo tempo, os prazos, as promessas, os casos

Não tinha tempo para te olhar

Apesar de não fazer nada

O que tem pra fazer?

O que posso fazer?

Ah, vai lá e faz, ele dizia

Mas a cabeça não deixa

Muita coisa pra fazer

Muita decisão pra tomar

E o tempo que era muito

Virou tempo nenhum

Em uma semana

Isso tem que se resolver

Em uma semana

Isso vai acabar

Os medos, as dúvidas, os caminhos

Os casos, as promessas e os prazos

Vão se transformar

Em uma semana

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Um momento, qualquer momento...

Em meio a contas a pagar, dinheiro a receber, prazos a cumprir.... Momento algum, diria.. Momento em que não se lembra, mas sempre existem esses momentos. Aliás, isso é uma coisa que me atrai. Grandes conquistas, grandes shows, grandes fodas, tudo isso são momentos importantes na vida de qualquer um, mas todo mundo se lembra disso, o que ninguém lembra são esses momentos de nada, de coisa alguma, onde só se pensa, se ouve, nenhuma ação, nada programado para o minuto seguinte...

Tou cheio de coisas pra fazer, mas só consigo pensar no que vou fazer com este momento agora, alguma coisa importante, não pra minha história, não pra eu contar para os meus netos, mas para que na hora dos créditos eu saiba pesar o quanto desses momentos eu tive e o que eu necessariamente fiz com eles...

Pensar no futuro? Avaliar a minha vida até aqui? Com a minha idade, a maioria dos gênios tinham feito já a sua grande obra. Isso é bom? Não sei, mas o que fizeram do seu resto de existência? O bom de tudo é quando ele ainda existe e não quando ele já acabou, porque só ficam as lembranças e pensamentos do momento. Já se chegou ao porto, ao final da estrada? E agora? O filme já acabou! E como é que fica? Não vai fazer mais nada? Não procura coisa alguma? Talvez se alimentar, talvez dormir, talvez cagar, talvez foder!

Sei lá! No momento não estou pensando em nada, aliás, só pensando em nada!

Poderia estar aqui, à beira de uma praia numa ilha perdida no pacífico, quem sabe? Que diferença isso faz? Quantos já pensaram a mesma coisa neste momento? O que será que vai acontecer daqui a mil anos? Faço a menor idéia, será que os egípcios faziam? Os gregos? Os romanos? Os marajoaras? Esses povos que não ficaram pra história, que não fizeram dos seus montes de momentos, alguma coisa para colocar no livro de história? Será que isso é não ser importante? Que diferença isso faz afinal, eles não estão aqui mesmo? Ou vivendo uma vida eterna ou sendo inexistentes para a evolução da espécie. Eu não quero inventar nada importante, quero só saber de coisas boas que possam ser construídas? Não tenho o orgulho de uma guerra vencida, ou uma derrota sofrida, pra mim tanto faz, isso não é importante no momento. Na verdade, não sei se isso é importante em qualquer momento, mas, digamos, também não quero viver eternamente sobrevivendo... pagando contas no final do mês, comprando carro, bebendo cerveja, quero entender uma série de coisas, quero pensar, quero viver pensando, sentado à beira de uma praia no meio do pacífico, só pensando sobre a vida, a existência e não naquele filho de uma puta que me fechou no trânsito, isso pra mim não importa...

Meio maluco isso, reconheço... mas se colocarmos as coisas com que nos ocupamos ultimamente, vai ver quanto dá de coisa realmente necessária, pra você logicamente, não pros outros...

Talvez daqui a algum tempo eu viva a vida dos outros, dos filhos, fique preocupado o que vai ser deles quando eu me for, ou o que eles vão ser de importantes na vida, não posso prever.

Mas só por este momento, garanto que não me responsabilizo por nada.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O Muro Verde

O que será que tem por trás desse muro verde?
Cercando vidas, histórias, culturas e um povo que sempre quer voltar?
O que acontece se eu ultrapassá-lo?
Será uma borda deste ninho quente?
Será que vai ter medo, solidão, aventura?
Eu sei que esse muro não cerca, acolhe
E que cada um que o atravessa leva um pedaço junto
Eu vou levar um pedaço junto
Eu vou encontrar mais pedaços pra juntar
Por que então, medo?
Esta é minha aldeia, meu aconchego
Minha aventura, e agora minha solidão
Então por que, medo?
Já não é cedo para se preocupar
Mas não é medo de se levantar?
Eu não consigo parar de pensar
Mesmo que meus olhos não te alcancem
Mesmo que a chuva te esconda
Mas quem vai dizer que não é hora de fazê-lo?
Eu vou?
Só quem te pertence percebe
Só quem te conhece entende
E quando o sol se esconde atrás de ti
Eu digo pra mim mesmo
Maria, não quero ir
Mas eu me encosto em tuas pedras
E o barulho da maré nos meus pés
Ensurdecem minha cabeça
E como filhote de urubu
Eu sinto medo de voar
O despertador tocou
E eu perguntei
Não é cedo pra ter medo de se levantar?