quarta-feira, 25 de março de 2009

Just A Thought

Então, meu bem

Engraçado como essas coisas são

Faz alguns dias que eu estou em silêncio

Pensativo e avoado

Digerindo, digerindo e digerindo

Tentando entender o que que me houve

Mas não vêm palavras

Só luzes, sons

E cores! Muitas cores!

Parecia que eu tinha caído num rio

Cheio de gente

E no fundo tinha uma pirâmide luminosa

Que hipnotizava e me sugava

Eu tava indefeso, inquieto e nervoso

Mas não conseguia me mexer

Deixei levar, mas gritava que nem louco

Claro que minha voz não saía

Era abafada por tudo

E sons malucos dentro da minha cabeça

Me deixavam mais desnorteado ainda

Segui afundando

E comecei a notar que tinham pessoas ao meu lado

Pessoas que não via há anos, desde a infância até hoje

E outras que nem conhecia, mas que sentia certa familiaridade

Como se soubesse que iriam entrar na minha vida

Meu passado e meu futuro?

Sei lá

Mas todos meus amigos estavam lá

E deixei de me sentir sozinho

Abracei a todos e eu estava molhado

Completamente encharcado

Mas feliz por estar ali

Então as luzes se intensificaram

Vinham direto em minha direção

Eram luzes fortes, vermelhas, azuis e verdes

Quase me cegavam

E me atraíam

O som ensurdecedor

Melancólico, insano e repetitivo

Me enlouquecia

Eu não conseguia pensar em nada

E fui me aproximando de tudo aquilo

E vi dois olhos esquisitos, gigantes

Me olhavam e me deixavam perturbado

Me atraíam para uma parte escura

Só conseguia perceber alguns peixes estranhos

Nadando e fugindo de vermes querendo devorá-los

E os vermes vieram atrás de mim

Eu continuei nadando

Senti que os vermes me queriam

E o que eu tinha?

Uma arma e um pacote de sanduíches

E mais nada!

E mais nada!

Vocês me querem?

Então venham me encontrar!

Eu tou pronto!

E as luzes se tornaram brancas

E mais intensas

O som mais distorcido e frenético

Que porra eu tou fazendo aqui?

E as luzes apagaram

O som calou

Eu cheguei no fundo e escapei

E não havia o que temer nem o que desconfiar

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